A influência da Microbiota intestinal na patogênese da doença de Alzheimer: uma revisão integrativa / The influence of the intestinal Microbiota on the pathogenesis of Alzheimer's disease: an integrative review
2022; Brazilian Journal of Development; Volume: 8; Issue: 7 Linguagem: Português
10.34117/bjdv8n7-118
ISSN2525-8761
AutoresGustavo Henrique de Oliveira Carmo Borges, Ana Carolina Carvalho de Faria, Bruna Campos Guimarães, Karine Harumi de Castro Shimasaki, Valentina Silva Leão, Yohanan Yosef Soares, Emerith Mayra Hungria Pinto,
Tópico(s)Antioxidants, Aging, Portulaca oleracea
ResumoIntrodução: A patogênese da Doença de Alzheimer (DA) é marcada pela perda cognitiva e de memória de curto e longo prazo. Dentre os fatores envolvidos na progressão da DA, está a microbiota intestinal (que é um biomarcador característico de doenças crônicas não-transmissíveis), através de citocinas, bactérias e agentes pró-inflamatórios. À vista disso, este estudo objetivou discorrer a relação da microbiota intestinal com a DA, assim como caracterizar as substâncias e microrganismos que influenciam na patogênese da doença, descrever o processo de neuroinflamação desencadeado pela disbiose intestinal e analisar os efeitos dos métodos reguladores da microbiota. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir das bases de dados U. S. National Library of Medicine (PUBMED) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), a partir de 21 artigos científicos completos, publicados no período entre 2017 e 2022 nos idiomas português e inglês, que abordam a relação entre a microbiota intestinal e a DA. Resultados: Em grupos afetados, houve o acúmulo de placas beta amiloide (Aβ) e proteína tau (p-tau) no córtex e hipocampo e ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) diminuídos - particularmente o butirato. Os filos bacterianos estavam desregulados, sendo Firmicutes, Faecalibacterium e Proteobacteria diminuídos e Bacteroidetes aumentados. Actinobacteria também estava em disbiose. Essas variações geram respostas inflamatórias no eixo microbiota-intestino-cérebro com indução de citocinas e agentes pró-inflamatórios, o que acarreta comprometimento cognitivo. Ademais, foi constatada melhora significativa em testes cognitivos após procedimentos de modulação do microbioma. Conclusão: Em conclusão, esta revisão aponta a importância da microbiota intestinal para a patogênese da DA, bem como propor a avaliação e tratamentos relacionados, por exemplo o transplante de microbiota fecal (TMF), como forma de interferir positivamente na progressão da patogênese da doença e até reverter estados cognitivos deficitários.
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