Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Agnatas, vizinhos e amigos: variantes da vicinalidade em África, Europa e América

2014; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 57; Issue: 2 Linguagem: Português

10.11606/1678-9857.ra.2014.89107

ISSN

1678-9857

Autores

João de Pina Cabral,

Tópico(s)

Social and Economic Solidarity

Resumo

A categoria vicinalidade descreve a forma como a coabitação enquanto processo constitutivo de pessoas se prolonga temporalmente para momentos mais tardios do ciclo relacional através de formas de agregação que assentam sobre identidades continuadas – isto é, sobre a continuação em momentos posteriores da vida familiar das implicações de experiências de intersubjetividade constitutiva. O texto aborda comparativamente três contextos sociais. Em cada um deles, a preferência por formas específicas de descrever relações acaba por reduzir a pluralidade e complexidade negocial das relações entre pessoas apresentando-as como relações de um tipo particular, o que permite o entrosamento das relações domésticas em processos mais abrangentes de negociação política. Assim, no caso dos Chope de Moçambique, as relações vicinais apresentam-se como relações agnáticas; no Minho (Portugal), como casas de vizinhos no interior de comunidades territorialmente determinadas; na Bahia (Brasil), como relações de amizade.

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