
O mito desvirtuado e a liberdade da imaginação de Antônio José da Silva
2022; Unversidade Federal do Rio de Janeiro; Volume: 24; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/1517-106x/202224215
ISSN1807-0299
Autores Tópico(s)Historical and Literary Studies
ResumoResumo Este artigo tem como tema as personagens principais da última peça do dramaturgo português Antônio José da Silva (1705-1739), Precipício de Faetonte (1738), com a qual por vezes se compara também as personagens de sua penúltima peça, As variedades de Proteu (1737). Por serem personagens mitológicas, rastreamos a construção das personagens Faetonte e Egéria na literatura clássica e ibérica predecessora, a fim de identificar as raízes míticas aproveitadas por Antônio José em sua dramaturgia. Para comparação com a construção de Faetonte, buscamos também referências sobre Proteu, da peça homônima. Por se tratar de mitos muito esparsos na tradição greco-latina, vasculhamos autores antigos que figuravam tais personagens. Percebemos que, na comparação com os textos antigos e outras obras do dramaturgo, ele consegue uma liberdade criativa ao lidar com mitos pouco difundidos no imaginário português setecentista, o que também lhe permite maior flexibilidade nas preceptivas que regem o gênero tragicômico, ao qual adere sua escrita.
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