Artigo Acesso aberto Produção Nacional

No Palácio de Lótus

2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE; Volume: 11; Issue: 2 Linguagem: Português

10.35572/rlr.v11i2.2365

ISSN

2317-2347

Autores

Higor Lima da Silva,

Tópico(s)

Psychology and Mental Health

Resumo

No cotidiano mundial, por conta das mortes pelo coronavírus, os afetos que coexistem com o luto ficaram mais presentes na memória coletiva. Com efeito, o presente poema parte de uma aisthesis a uma kátharsis para trazer ao leitor uma experiência estética do livramento do sofrimento de estar separado de quem se ama. E é considerando que neste ano se comemora os 800 anos de nascimento do Grande Mestre Nitiren Daibossatsu, que é muito importante ao Budismo, que o poema em homenagem a ele traz um léxico que reflete seus ensinamentos. Portanto, em suma, “Palácio de Lótus” significa “templo budista” (Nitiren ensinou o Sutra Lótus); “kalpas” é uma medida de tempo praticamente incalculável; “Gohonzon” é a Mandala Sagrada da prática do Sutra Lótus; “Saha” refere-se ao mundo dos humanos; “quatro mares” refere-se a um país, ao mundo ou aos mares entorno de Sumeru (nome de uma montanha tanto física quanto espiritual); “cisne” simboliza um ser que vive em partida e distanciamento de quem ama; “bossatsu” é o estado de pleno altruísmo onde se almeja mais a iluminação alheia do que a própria; “branco” representa a morte, luto e sofrimento; “sakura” é traduzida por cerejeira (os japoneses esperam anualmente a alegria de vê-la florescer, mas sua floração bela é curta e frágil, trazendo melancolia pela efemeridade); “lanternas” são as lanternas flutuantes; e a “lua” representa os ensinamentos budistas.

Referência(s)
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