Artigo Acesso aberto Produção Nacional

O PCB e os caminhos da construção da Revolução Brasileira: a gênese teórica do partido (1922-1937)

2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 8; Issue: 2 Linguagem: Português

10.5380/sclplr.v8i2.87024

ISSN

2316-9249

Autores

Eder Renato de Oliveira,

Tópico(s)

Brazilian History and Foreign Policy

Resumo

Objetiva-se centralmente nesse trabalho tornar público os resultados das investigações do desenvolvimento da pesquisa de mestrado sobre o PCB. O que se pretende é analisar como o partido surge e torna-se mais um elemento de modernidade no início da história republicana brasileira. Criado formalmente em 1922, o PCB tornar-se-ia uma marca indelével da esquerda brasileira. No entanto, o partido é fruto de uma múltipla associação de elementos humanos e ideológicos que se processava antes mesmo de 1922. Internamente, o PCB surge da confluência de uma rara conjuntura: imigração europeia, desenvolvimento das forças capitalistas, surgimento de uma classe operária e de movimentos de contestação como o anarcossindicalismo e as greves de 1917 e 1919. Externamente, a Revolução Russa (1917) é o estopim para a necessidade da criação de um partido organizado da classe operária. Após diversos impasses, surge a necessidade de formulação de uma teoria da revolução brasileira que tem, na figura de Astrojildo Pereira e Octávio Brandão seus principais formuladores: a revolução concentra sua contradição principal nas forças agraristas versus industrialistas, entre a oligarquia feudal e a pequena burguesia. Apesar das mudanças no núcleo dirigente, será essa a concepção de revolução brasileira que guiará os comunistas brasileiros do PCB até a formulação de uma nova teoria da revolução em março de 1958 com a Declaração de Março.

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