Análise energética e exergética de um sistema fotovoltaico off-grid localizado em São Luís - MA

2022; Brazilian Journal of Development; Linguagem: Português

10.34117/bjdv8n8-219

ISSN

2525-8761

Autores

Carlos Vital Pinto Costa, Lourival Matos De Sousa Filho, Manuelle da Silva Serejo, Keyll Carlos Ribeiro Martins,

Tópico(s)

Energy and Environment Impacts

Resumo

As crises energéticas centradas nos combustíveis fósseis, aliadas a maior preocupação com os impactos ao meio ambiente, impulsionaram o desenvolvimento e aplicação das energias renováveis. Recentemente, no Brasil, houve crises energéticas ocasionadas pela estiagem e diminuição dos reservatórios de água, impactando diretamente na geração de energia hidrelétrica que compõe maior parte da matriz energética brasileira. Contudo, nos últimos anos verificou-se um crescente emprego de energia renovável proveniente do vento e do Sol, evidenciando o grande potencial para geração de energia através de fontes renováveis como eólica e solar. A energia solar fotovoltaica foi a que apresentou maior crescimento na esfera da microgeração em residências. No entanto, a energia solar fotovoltaica apresenta perdas inerentes ao sistema de natureza ótica, elétrica e térmica. Esta última, para localidades com maior temperatura média, consiste em um fator de perda significativo. Portanto, o presente trabalho realizou uma análise termodinâmica de forma experimental afim de identificar a perda energética por calor de um sistema fotovoltaico off-grid localizado em São Luís-MA, no nordeste brasileiro. Dados experimentais como temperatura de operação do módulo, e potência gerada foram coletados para diferentes dias de fevereiro de 2021. Dados de irradiância solar total, temperatura ambiente e velocidade do vento, foram obtidas por bancos e utilizados para realizar análise energética e exergética do sistema fotovoltaico. Foi observado que as eficiências energéticas e exergéticas possuem influência da irradiância solar incidente e da temperatura de operação do módulo, atingindo valores baixos quando não há luz solar incidente no módulo e quando a temperatura de operação está mais alta, no período próximo ao meio-dia. Portanto, o fator de maior impacto sobre a eficiência do sistema quando há a disponibilidade de luz solar foi a temperatura de operação do módulo, que por sua vez, está relacionada à perda térmica por calor para o meio ambiente, resultando em uma redução média de 15% das eficiências energética e exergética. A eficiência exergética se provou como uma melhor ferramenta para indicar o desempenho do sistema, visto que identifica as perdas e a destruição de exergia do sistema fotovoltaico.

Referência(s)
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