A Bela e a Fera: representações coloniais de gênero em três versões do conto
2022; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 11; Issue: 1 Linguagem: Português
10.11606/issn.2318-8855.v11i1p23-48
ISSN2318-8855
AutoresGabriel Donizetti Ferreira Simionato,
Tópico(s)Media, Gender, and Advertising
ResumoEste artigo tem por objetivo analisar as representações de gênero presentes em três versões do conto A Bela e a Fera. Escolheu-se para análise a primeira versão escrita de 1740, de Gabrielle de Villeneuve; a segunda versão escrita de 1756, de Jeanne-Marie de Beaumont; e a versão cinematográfica animada de 1991, produzida pelos estúdios Disney. Entende-se os contos de fadas como tecnologias coloniais e modernas de construção de gênero. O conto A Bela e a Fera foi escolhido devido sua difusão pelo mundo ocidental. Para a análise, utilizou-se dos conceitos de gênero, conforme Butler (2019) e Lauretis (1993; 2019); o conceito de representação, segundo Chartier (1991) e Pesavento (1999); e o conceito de colonialidade de gênero, de acordo com Lugones (2008; 2012) e Walsh (2018). Conclui-se que as versões do conto analisadas produzem e reproduzem noções coloniais, modernas, binárias, dicotômicas e hierárquicas de gênero.
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