Artigo Acesso aberto

Manifestações gastrointestinais da COVID-19: uma revisão integrativa

2022; Brazilian Journal of Development; Volume: 5; Issue: 4 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv5n4-203

ISSN

2595-6825

Autores

João Vitor de Lima Poera, Aline Rosa Marosti,

Tópico(s)

Education during COVID-19 pandemic

Resumo

A COVID-19 (doença por coronavírus 2019) tornou-se uma ameaça à saúde mundial. A doença é transmitida pelo vírus SRAG-CoV-2 (Síndrome Respiratória Aguda Grave por Coronavírus-2), e conhecida por acometer o trato respiratório, entretanto, também pode afetar o sistema digestório, visto que sintomas de diarreia e náuseas foram relatados e o ARN (Ácido Ribonucleico) do SRAG-CoV-2, foi identificado nas fezes de infectados. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi relatar os sintomas gastrointestinais em pacientes com COVID-19. Para tal, realizou-se uma revisão integrativa de estudos publicados em revistas periódicas no período de janeiro de 2020 a julho de 2021, utilizando as bases de dados PubMed (Public Medline), Scielo (Scientific Electronic Library Online) e os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), “COVID-19”, ou “SARS-CoV-2”, combinados com “sistema digestório”, “diarreia”, “digestive system” e “diarrhea”. Foram classificados os artigos aplicando critérios de inclusão e exclusão, com base na leitura dos títulos, resumos e íntegra dos estudos, respectivamente, resultando em 20 artigos selecionados. Manifestações gastrointestinais são achados frequentemente relatados em pacientes com COVID-19. Diarreia foi o sintoma mais relatado. Anorexia também, porém é considerada uma manifestação inespecífica. Outros achados comuns foram náusea, vômito e dor abdominal. Alteração das enzimas hepáticas AST (Aspartato Aminotransferase) e ALT (Alanina Aminotransferase) também foi encontrada, porém sua relação com a doença não foi esclarecida. Ademais, eliminação de ARN do SRAG-CoV-2 por meio das fezes foi relatada em muitos doentes, tornando possível sua transmissão fecal. Entretanto, os estudos não analisaram a presença do vírus vivo e sua real capacidade infecciosa, sendo necessária, portanto, uma maior investigação.

Referência(s)