Análise do perfil dos pacientes oncológicos admitidos em unidades hospitalares do Espírito Santo (ES) e de seus fatores protetores e de risco em relação ao cenário nacional no período de 2000 a 2019
2022; Brazilian Journal of Development; Volume: 8; Issue: 9 Linguagem: Português
10.34117/bjdv8n9-018
ISSN2525-8761
AutoresMarina Bermudes Grillo, Shaira Salvador Cunha Brito, Júlia Bravim Marinot, Claudia Helena Bermudes Grillo, Ana Rosa Murad Szpilman,
Tópico(s)Public Health in Brazil
ResumoIntrodução: O câncer, doença crônica não transmissível, é apontado como um dos principais problemas de saúde mundialmente. Essa afecção tem alcançado uma crescente importância nas discussões em escala global, visto que é notório o aumento das taxas de prevalência e de incidência de seus inúmeros tipos de malignidade, sendo confirmadas pelas curvas de morbimortalidades que tendem a crescer ascendentemente tanto no Brasil, quanto nos outros países. Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes oncológicos admitidos em unidades hospitalares do Espírito Santo (ES) e de seus fatores protetores e de risco em relação ao cenário nacional no período de 2000 a 2019. Métodos: Estudo observacional longitudinal retrospectivo com abordagem quantitativa e qualitativa realizado a partir da amostra de dados de pacientes oncológicos admitidos em unidades hospitalares do estado do Espírito Santo no período de 2000 a 2019. A coleta ocorreu por meio do Portal do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e do Integrador de Registros Hospitalares do Câncer (RHC), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). A análise foi realizada por meio do programa Excel 2020. Oo estudo atendeu aos critérios éticos de pesquisa com seres humanos e foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa. Resultados: 100.247 pacientes, maioria mulheres, entre 60 e 69 anos, casados, pardos. A principal localização primária do tumor foi pele, seguida de aparelho digestivo, urológicos e de mamas. Entre a maioria das localizações primárias do tumor, ocorre predomínio do sexo masculino, a partir da quinta década de vida, brancos e pardos, sem informações sobre histórico familiar. Quando avaliado histórico patológico pregresso, a maioria dos pacientes relatou ausência de diagnóstico e de tratamento prévio. Com relação ao consumo de álcool e tabaco, é de grande predomínio a ausência de informação em relação ao histórico e o relato de ausência de ingesta. Conclusão: A caracterização da prevalência dos subtipos oncológicos mais comumente encontrados e o estabelecimento do perfil dos pacientes do setor oncológico admitido nas unidades hospitalares no estado do Espírito Santo e no Brasil é de suma importância para a promoção da monitorização e controle do status da saúde oncológica, e de seus fatores de risco e de proteção. Assim, a partir do perfil epidemiológico estabelecido e dos fatores correlacionados, torna-se imperativo o planejamento e a tomada de ações que proporcionem o rastreio e o diagnóstico precoce de tais enfermidades, a fim de proporcionar maior longevidade e garantir melhor qualidade de vida aos pacientes portadores.
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