
"Seremos forçados a lutar contra nossos camaradas brancos": o PCB, a questão negra e a Internacional Comunista (1923-1929)
2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; Volume: 14; Issue: 2 Linguagem: Português
10.9771/gmed.v14i2.49615
ISSN2175-5604
Autores Tópico(s)Race, Identity, and Education in Brazil
ResumoO propósito deste artigo é analisar a relação entre os comunistas brasileiros e a questão negra vis-à-vis o movimento comunista internacional, neste caso circunscrito à Internacional Comunista (Comintern). O escopo temporal deste artigo está situado entre 1923, ano da primeira provocação da Comintern ao Partido sobre a questão negra, e 1929, ano em que a Comintern conseguiu impor à direção do Partido Comunista do Brasil (PCB) sua posição a respeito da “problemática das raças”. O argumento central deste artigo é que muitos comunistas refletiram sobre a questão do racismo, na época chamada de “a questão negra”. Além de pensar, prescreviam políticas e formas de enfrentamento do racismo. Ainda, conclui-se que a direção do PCB, entre 1923-1929, barrou as inúmeras tentativas de promover um efetivo enfrentamento do racismo. A partir de 1929, a Comintern impôs modificações em todos os PCs alterando a política do PCB para a questão negra.
Referência(s)