
(Des)caminhos na garantia da saúde da população negra e no enfrentamento ao racismo no Brasil
2022; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 27; Issue: 10 Linguagem: Português
10.1590/1413-812320222710.08212022
ISSN1678-4561
AutoresDiana Anunciação, Lucélia Luiz Pereira, Hilton Pereira da Silva, Ana Paula Nogueira Nunes, Jaqueline Oliveira Soares,
Tópico(s)Public Health in Brazil
ResumoResumo O racismo institucional impera nos serviços de saúde no Brasil, fundados em relações concretas de poder que subjugam, dominam e excluem negros/as do adequado acesso aos serviços e instituições de saúde. Este ensaio crítico analisa a importância da ampliação do debate e da produção do conhecimento sobre a saúde da população negra (SPN), focando dois pontos: o papel da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) e a importância da inserção do quesito cor nos sistemas de informação em saúde; e a necessidade de um processo de formação permanente dos/as profissionais, inserindo conteúdos relacionados à compreensão do racismo como um dos elementos de determinação social de saúde/doença e seus efeitos. Para demonstrar como o racismo estrutural e institucional tem afetado a população negra, trazemos também exemplos das populações quilombolas no contexto da pandemia de COVID-19 no país a partir de 2020. Conclui-se que a promoção do cuidado, a redução das iniquidades e a qualidade da atenção à saúde precisam passar por mudanças em várias dimensões, como o fortalecimento do SUS e o combate cotidiano ao racismo estrutural e institucional.
Referência(s)