
Quantos "modernismos" cabem numa modernidade?
2022; Volume: 6; Issue: 3 Linguagem: Português
10.20396/modos.v6i3.8668870
ISSN2526-2963
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoNas intenções deste breve texto, que pretende sublinhar algumas das concepções de moderno visíveis no recente debate sobre os modernismos, configura-se a hipótese de que alguns modernismos do início do século XX, inclusive aqueles aludidos pelo Manifesto Antropófago, fundam suas raízes numa anacronia identitária que atravessa a própria figuração da modernidade euro-ocidental desde o século XVI. Consequentemente, o presente (nos dois sentidos) do modernismo brasileiro seria uma tomada de consciência sobre nosso ser antropofágico, então considerado como herança indígena. Esse ser/estar modernista naquele presente teve, como veremos, um caráter tanto histórico quanto filosófico e estético, o que nos autorizaria a tentativa de compreender a modernidade do outro (europeu) a partir das entranhas da (anti)colonialidade de si. Para tanto, recorre-se a autores que teorizaram o moderno, tais como Oswald de Andrade, Benedito Nunes, Philadelpho Menezes e Philippe Dagen, dentre outros.
Referência(s)