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A TRAGÉDIA DO CLUBE DA CHAPECOENSE: ESPORTE, MORTE E RELIGIÃO

2022; Faculdade Novo Milênio; Volume: 15; Issue: 1 Linguagem: Português

10.54751/revistafoco.v15n1-001

1981-223X

Roberto Ari Guindani, Ángel Baldomero Espina Bárrio,

Urban and sociocultural dynamics

A queda do avião que transportou o time de futebol da cidade da Chapecoense para jogar uma partida da Copa Libertadores contra o Atlético Nacional de Medellín (Antioquia-Colômbia), além de ser um evento trágico no ser humano e no esporte, uma vez que grande parte da equipe do referido time morreu, tornou-se um evento com arestas míticas, perto do religioso. As circunstâncias da queda do avião devido à falta de combustível nas proximidades do aeroporto de Rio Negro; a reação não só do povo da Chapecoense, mas também dos fãs de Antioquia; os atos e reações realizados após a tragédia; o impacto internacional sem precedentes; a criação de uma espécie de museu memorial no local do acidente e a vitória das cidades de Chapecoense e Medellín; tornar este caso um exemplo paradigmático das relações do esporte com o religioso e merecer a realização de uma etnografia de natureza antropológica que desvenda os fatores humanos e sociais do caso, mas também os esportes e rituais do mesmo. A coleta de dados foi realizada a través de entrevistas semiestruturadas autoridades envolvidas no caso, colaboradores da Associação Clube Chapecoense, torcedores, patrocines, radialistas, reitores e pesquisadores e familiares das vítimas: pais, mães, esposas, filhos, parentes e amigos. Também foram possíveis conversar com religiosos (padres, freiras, pastores, organizações), empresários, comerciantes, diretores de escolas, reitores, professores, pesquisadores, políticos. Na final é relatado o pós-tragédia e o relato de duas viúvas das vitimas do acidente.