Los cristianos por el socialismo en Chile: uma experiencia político-pastoral más allá del altar
2017; UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; Volume: 10; Issue: 2 Linguagem: Português
10.9771/rvh.v10i2.47937
ISSN1982-4238
AutoresLina Maria Brandão de Aras, Marcial Saavedra Castro,
Tópico(s)Political and Social Dynamics in Chile and Latin America
ResumoO trabalho aborda a emergência de um grupo de sacerdotes e leigos, chilenos e estrangeiros, que a partir do Concilio Vaticano II e da Conferência Episcopal de Medellín decidem formar um grupo que opta por um sacerdócio mais comprometido com as causas populares na periferia de Santiago e em outras cidades do país. Em 1971, eles formam o grupo dos “80” integrando-se, ativamente, ao processo político que levou o socialista Salvador Allende ao governo chileno. Em 1972, agrupados sob a denominação de “Cristãos para o Socialismo” (CpS), participaram plenamente na “via chilena ao socialismo”, promovida por Allende e a Unidade Popular (UP), coligação de partidos que integrava o governo, destinada a efetivar profundas transformações socioeconômicas na sociedade. A opção pelo socialismo leva aos CpS a lutar junto com os trabalhadores nas fábricas, sindicatos e partidos políticos de esquerda desafiando a hierarquia Eclesiástica. Os conflitos políticos derivados dessa experiência política desataram a oposição dos partidos de centro e direita do país, assim como os interesses dos Estados Unidos, o que leva à irremediável erosão do consenso político que prevalecia nas relações do poder no Chile. Em setembro de 1973, um golpe de Estado liderado pelo General Pinochet interrompeu, dramaticamente, essa rica experiência política e religiosa dos sacerdotes e leigos na construção do socialismo pela via pacifica, todavia, a violenta repressão desatada pelos militares deixou um saldo expressivo de detidos, desaparecidos e assassinados incluindo vários sacerdotes militantes do CpS.
Referência(s)