Avaliação do uso de telas digitais por crianças e adolescentes em tempos de pandemia

2022; Brazilian Journal of Development; Volume: 8; Issue: 9 Linguagem: Português

10.34117/bjdv8n9-245

ISSN

2525-8761

Autores

Mariana Farias Sandes, Thais Rocha Guedes, Kelly Chrystine Barbosa Meneses,

Tópico(s)

Education during COVID-19 pandemic

Resumo

Introdução: O uso de telas digitais por crianças e adolescentes aumentou nos últimos anos de maneira exponencial, principalmente no ano de 2020 com o surgimento da pandemia do COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2. Como implicação do isolamento social, o mundo real deu espaço ao virtual e muitas vezes não existe um controle pelos pais na utilização das tecnologias por crianças. O uso excessivo de telas pode trazer inúmeras consequências como: sedentarismo, ausência de interação com o mundo real, alteração no padrão de sono, hábitos alimentares e alterações posturais. Objetivo: Avaliar o uso de telas digitais por crianças e adolescentes devido o isolamento social pela pandemia do Covid-19 entre pacientes atendidos nas unidades assistenciais vinculadas ao Centro Universitário CESMAC. Metodologia: O estudo realizado será do tipo observacional, transversal e analítico. A amostra foi constituída por 100 pais/responsáveis por crianças e adolescentes até 15 anos, de ambos os sexos, atendidos nos ambulatórios de Pediatria nas unidades assistenciais do CESMAC, no período de setembro a dezembro de 2021. Foi realizada uma análise estatística dos dados com a técnica de associação entre variáveis de chi-quadrado (χ2), sendo consideradas significativas as interferências com um p-valor menor que 0.05. Resultados e discussão: Cerca de 86% dos pais/responsáveis relataram o aumento do uso de telas por seus filhos durante a pandemia, tendo uma associação significativa com o sexo, a escolaridade, o modelo de ensino e a renda familiar. O tempo diário de exposição à tela foi também positivamente associado à faixa etária, ao modelo de ensino durante a pandemia e à renda familiar. O tipo de dispositivo mais usado foi o smartphone (45%), seguido pela televisão. 64% das crianças/adolescentes tinham o controle e vigilância por parte dos pais/responsáveis.Conclusão: O tempo de exposição às mídias digitais pelas crianças e adolescentes aumentou consideravelmente durante o período da pandemia, e o tempo de tela diário foi acima do recomendado para a suas idades. As queixas clínicas mais relacionadas ao uso: a cefaleia, a insônia, o aumento do peso, dificuldades de aprendizagem e visuais foram as mais associadas ao aumento de exposição e ao tempo diário de uso das telas.

Referência(s)
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