
Epidemiologia da paralisia cerebral
2002; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português
10.11606/issn.2317-0190.v9i2a102365
ISSN2317-0190
AutoresTamara Rodrigues Pato, Thais Rodrigues Pato, Daniel Rúbio de Souza, Heitor Pons Leite,
Tópico(s)Congenital Heart Disease Studies
ResumoIntrodução: existe grande interesse em encontrar um fator etiológico determinante para a paralisia cerebral, pois seria possível realizar uma abordagem profilática para a doença. Na literatura são acusados diversos fatores de risco, e muitos autores sugerem que seja uma doença multifatorial.Também se pesquisou sobre possíveis fatores protetores, expectativa de vida e principais causas de morte, visando encontrar possíveis formas de prevenção de acidentes ou de melhora de qualidade de vida. Materiais e métodos: revisão sistemática da literatura, baseada em 40 artigos encontrados nos sites da Bireme, Lilacs e Pubmed, além de dois livros de edição recente. Resultados: os fatores de risco mais citados foram hipóxia perinatal, prematuridade e infecção materna intra-uterina. Outros fatores apontados são gestação múltipla, corioamnionite e trombofilia. O uso de corticóide no período antenatal foi referido como fator protetor. Alguns autores também referem pré-eclâmpsia e a administração de sulfato de magnésio, entretanto, ainda há controvérsias.As principais causas de morte apontadas foram as respiratórias, principalmente as pneumonias. Outras causas são obstrução intestinal (como volvo), afogamentos e atropelamentos. Conclusão: não existe um fator determinante específico para a paralisia cerebral (PC). A hipóxia e a isquemia perinatal têm maior contribuição que outros fatores, mas dependem da intensidade e do período em que ocorrem. Os trabalhos sobre fatores protetores são insuficientes para confirmar sua real eficácia. A principal causa de morte são as doenças respiratórias. É possível reduzir a incidência de afogamentos e atropelamentos por meio de orientação e reabilitação.
Referência(s)