Artigo Acesso aberto Revisado por pares

A TRADUÇÃO DE HUMOR PODE SER ‘PROFUNDAMENTE’ DOMESTICADORA?

2022; Volume: 25; Issue: 1 Linguagem: Português

10.15210/rle.v25i1.22185

ISSN

1983-2400

Autores

Nilson Roberto Barros Silva, Rozane Rodrigues Rebechi,

Tópico(s)

linguistics and terminology studies

Resumo

Recuperar o humor na tradução é uma atividade particularmente desafiadora, visto que a comicidade está diretamente ligada às estruturas linguísticas e especificidades culturais. E quando as passagens humorísticas são o cerne de uma obra, recuperá-las na tradução deve ser prioridade para que se mantenha a função do texto. O objetivo deste artigo é apresentar a análise da tradução para a língua inglesa de jogos de palavras contidos no romance O xangô de Baker Street, de Jô Soares, e verificar se o tradutor, Clifford Landers, conseguiu recuperar no texto traduzido a função desses trocadilhos, identificados por meio da Linguística de Corpus. Ademais, buscamos analisar se suas escolhas tradutórias são condizentes com sua declarada preferência pela estratégia domesticadora. Concluímos que o tradutor se valeu de domesticação e de estrangeirização na tradução dos jogos de palavras, e nem sempre as opções atingiram a almejada manutenção do efeito do texto original.

Referência(s)
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