sistema CRISPR/Cas9 e o potencial para a talassemia beta
2022; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO; Volume: 23; Issue: 1 Linguagem: Português
10.23925/1984-4840.2021v23i1a2
ISSN1984-4840
AutoresBeatriz Bonvicini Serpeloni, Luíza Nayara Monção de Oliveira, Bruno Damião, L Peroni, Patrícia Ucelli Simioni,
Tópico(s)Brazilian Legal Issues
ResumoA Beta-talassemia major é uma hemoglobinopatia caracterizada por herança mendeliana haplo-insuficiente recessiva, sendo considerada a forma mais grave das talassemias, os portadores dependem de transfusões sanguíneas regulares e podem desenvolver problemas futuros, devido ao acúmulo de ferro ocasionado pelas transfusões. O objetivo do estudo é apresentar uma revisão e novos insights sobre o sistema CRISPR/Cas9 na edição de sequencias genéticas e sua potencial aplicação na terapia gênica para portadores de hemoglobinopatias, em especial a talassemia beta, que é caracterizada por desordens moleculares associada a deficiência acentuada da produção de cadeias beta da hemoglobina. Essa alteração reflete em uma síntese reduzida de hemoglobina que é tratada atualmente com transfusão sanguínea regular. O CRISPR associado a Cas9 e ao RNA guia, formam um complexo, capaz de reconhecer uma região específica do DNA e removê-la do genoma, esse sistema tem sido modelado por pesquisadores para atuar em sítios direcionados no DNA com o intuito de reparar genes mutados. A terapia gênica com o CRISPR/Cas9 para a talassemia beta, consiste em silenciar o gene BCL11A e estimular a produção de hemoglobina fetal, resultando em uma independência de transfusão sanguínea pelos portadores.
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