
MUTAÇÕES DA VIA RAS-PI3K NAS LEUCEMIAS LINFOBLÁSTICAS AGUDAS DA PRIMEIRA INFÂNCIA
2022; Elsevier BV; Volume: 44; Linguagem: Português
10.1016/j.htct.2022.09.305
ISSN2531-1387
AutoresFVD Santos-Bueno, YDS Cabral, PVB Silva, SCS Lima, MS Pombo-De,
Tópico(s)Renal and related cancers
ResumoAlterações somáticas como rearranjos do KMT2A (KMT2A -r), ETV6-RUNX1 e hiperdiploidia, são adquiridas durante a vida intrauterina, porém, clones com ETV6-RUNX1 e hiperdiploidia por si só não são suficientes para evolução clínica de leucemias agudas de células precursoras B (LLAcpB), necessitando de alterações genéticas adicionais. A ocorrência de mutações em genes da via RAS-PI3K são possíveis eventos secundários nesta via poligênica da etiopatologia das leucemias de origem intrauterina. Embora mutações somáticas na via RAS-PI3K foram identificadas em LLA com hiperdiploidia, ETV6 -RUNX1 e KMT2A-r, poucos estudos exploram alterações no contexto de avaliação de riscos e causalidade. Avaliar a prevalência de mutações em genes das vias de sinalização RAS e PI3K nas leucemias agudas da primeira infância (LAPI); comparar as alterações da via do RAS e PI3K nas LAPI divididas em dois grupos (i) KMT2A -r e (ii) hiperdiploidia e ETV6-RUNX1. Pacientes com LLAcpB com idade ≤60 meses aos diagnósticos foram incluídas neste estudo. As alterações citogenéticas-moleculares como hiperdiploidia (>50 cromossomas), ETV6-RUNX1 e KMT2A-r foram detectadas através de citogenética/FISH/MLPA, RT-PCR e/ou multiplex RT-PCR. Mutações em PIK3CA (éxons 9/20) e PIK3R1 (8/13) foram detectadas por RT-PCR e por Sequenciamento direto. As análises estatísticas foram realizadas com testes do χ2; razões de chances (OR) foram avaliados pelo teste de regressão logística. Foram incluídos 864 casos de LLAcpB e as faixas etárias estratificadas em grupo (i) lactentes (≤ 11 meses) e grupo (ii) crianças com idades entre 13-65 meses. Os lactentes foram predominantes de imunofenótipo Pro-B (68,1%; p T; p T1025T localizada no éxon 21 de PIK3CA. De acordo com a literatura, mutações em genes ativadores da via RAS-PI3K apresentam uma alta frequência de mutações (47%) em casos de lactentes com KMT2A-r em comparação aos outros grupos citogenéticos-moleculares e são frequentemente associados a eventos subclonais. Neste estudo, nós detectamos maior frequência de N/KRAS mutado em lactentes com KMT2A-r, sugerindo uma cooperatividade biológica entre a via RAS e o KMT2A-r. No entanto, até o momento, alterações na via PI3K demonstraram ser escassos eventos clonais. Nossos resultados preliminares consolidam com resultados da literatura que demonstram que mutações adicionais em genes envolvidos na via RAS-PI3K são mais recorrentes em lactentes.
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