
PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA, TIPO 1, EM DOADORES DE SANGUE DO INSTITUTO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO AMAPÁ
2022; Elsevier BV; Volume: 44; Linguagem: Português
10.1016/j.htct.2022.09.850
ISSN2531-1387
AutoresIGL Lopes, RF Frazão, JCS Batista, JC Lima, MLA Souza, AN Costa, LFB Araújo, RS Deniur, HTO Bitencourt, RMP Martins,
Tópico(s)Indigenous Health and Education
ResumoO Vírus da Imunodeficiência Humana, tipo 1 e tipo 2 é um retrovírus que apresenta RNA como genoma e pertence a família Lentiviridae . Pode ser transmitido pelo sangue (via parenteral e vertical); esperma e secreção vaginal (via sexual); e pelo leite materno (via vertical). Desde o momento de aquisição da infecção, o portador do HIV é transmissor, entretanto, os indivíduos com infecção muito recente ("infecção aguda") ou doença avançada, têm maior concentração do HIV no sangue e nas secreções sexuais, transmitindo com maior facilidade o vírus. Descrever a prevalência da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, tipo 1, entre os doadores de sangue do Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá. É um estudo do tipo observacional retrospectivo. A coleta dos dados foi realizada utilizando-se o Sistema HEMOVIDA (Sistema Nacional de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia) no período de janeiro de 2020 a julho de 2022. Os métodos utilizados para a triagem sorológica foi a Quimioluminescência e Eletroquimioluminescência e como teste complementar foi realizado o Imunoblot Rápido, além do Teste de Ácidos Nucléicos (NAT). No período analisado, houveram 34.424 doadores aptos a realizar a doação de sangue no Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá, destes 52 (0,15%) apresentaram sorologia reagente ou inconclusiva para HIV-1/2 pela Quimioluminescência e Eletroquimioluminescência. Destes 32 (0,09%) foram reagentes e 20 (0,06%) foram inconclusivas. Dentre os 52 doadores com sorologia alterada, 18 (0,05%) tiveram o diagnóstico sorológico confirmado como HIV-1 pelo Imunoblot Rápido e pelo NAT, os quais foram notificados junto à Vigilância Epidemiológica e encaminhados ao Serviço de Assistência Especializa para iniciar o monitoramento. Com relação ao gênero dos doadores com resultados reagentes ou inconclusivos, 35% eram mulheres e 65% homens, com idade variando entre 18 e 65 anos, com média de 35 anos. Cerca de 67% dos doadores com sorologia alterada concentravam-se na faixa etária de 18 a 38 anos. Em relação a cidade de residência, 83% eram de Macapá, 11% de Santana, 2% de Calçoene, 2% de Laranjal do Jari e 2% da cidade de Afuá, que fica localizada no Estado do Pará. No Brasil, de 2007 até junho de 2021, foram notificados no SINAN 381.793 casos de HIV. Destes 69,8% eram em homens e 30,2% em mulheres. Nesse mesmo período, no que se refere às faixas etárias, observou-se que a maioria dos casos encontrava-se na faixa de 20 a 34 anos, com percentual de 52,9% dos casos. Resultados semelhantes foram obtidos no presente estudo onde 65% eram homens e 35% eram mulheres e 67% concentravam-se na faixa etária de 18 a 38 anos. Conhecer o perfil do doador inapto é importante para a garantia da prática hemoterápica segura. Tais dados são necessários para conhecer melhor a dinâmica da infecção pelo HIV e para guiar políticas sanitárias. Além de reforçar a necessidade de campanhas educativas no sentido de incentivar as doações de sangue conscientes e responsável.
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