Artigo Acesso aberto Produção Nacional

“Nada é tão ruim que não possa piorar”: efeitos da reconfiguração dos passivos contingentes no desempenho econômico-financeiro dos clubes de futebol brasileiros

2022; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Volume: 41; Issue: 3 Linguagem: Português

10.4025/enfoque.v41i3.57122

ISSN

1984-882X

Autores

Monique Cristiane de Oliveira, Fábio Minatto, José Alonso Borba,

Tópico(s)

Sports Analytics and Performance

Resumo

Este estudo teve como objetivo verificar os efeitos da reclassificação de passivos contingentes no desempenho econômico-financeiro dos clubes de futebol brasileiros. A partir de um estudo de levantamento com uma amostra de 18 clubes e usando dados de 2011 a 2018, sustentando-se na pesquisa de Carmo, Ribeiro e Mesquita (2018), os efeitos da reclassificação dos passivos contingentes nos indicadores de endividamento, liquidez, lucratividade e rentabilidade foram analisados por meio da estatística G de Hedge. Os resultados demonstram crescimento no número de clubes que divulgam passivos contingentes no período (de 6 para 17), bem como expressivo aumento no valor destes (cerca de 1200%). Em quantidade, as contingências trabalhistas foram as mais citadas pelos clubes (54 vezes), todavia, em termos monetários, destacam-se as cíveis (R$ 2,20 bilhões) e aquelas sem natureza discriminada (R$ 2,65 bilhões). Ademais, passivos contingentes, se realizados, afetam significativamente a lucratividade e a rentabilidade das equipes, reforçando sua importância para a análise econômico-financeira em clubes de futebol, pois, apesar de não constarem no Balanço Patrimonial, sua possível realização pode impactar a gestão de administrações futuras e como consequência afetar a continuidade da organização.

Referência(s)