
Biogeoquímica e conservação dos ecossistemas costeiros no Antropoceno: bosques de mangue da APA Tinharé-Boipeba, BA (BR)
2022; Volume: 22; Issue: 14 Linguagem: Português
10.53660/conj-1779-2k17
ISSN1657-5830
AutoresManuel Vitor Portugal Gonçalves, Juan Carlos Rossi Alva, Iracema Iracema Reimão Silva, Manoel Jerônimo Moreira Cruz, Antônio Bomfim da Silva Ramos, Débora Carol Luz da Porciúncula, Glaucio Alã Vasconcelos Moreira,
Tópico(s)Geography and Environmental Studies
ResumoOs bosques de mangue constituem o patrimônio natural, os atrativos ao turismo e ofertam serviços ecossistêmicos para os usos da natureza no Litoral Sul da Bahia. Esta pesquisa teve como objetivo investigar aspectos geobotânicos (diagnose e biometria foliar) e os níveis dos metais-traço (Cu, Zn, Cd, Pb) nos sedimentos e nas folhas de plantas de mangue da APA Tinharé-Boipeba, Cairu, Baixo Sul da Bahia, Brasil. Considerou-se os níveis de metais-traço nas folhas das espécies Avicennia schaueriana e Laguncularia racemosa (10 pontos) e sedimentos (40 pontos), por Espectrometria de Absorção Atômica com Chama (FAAS), e das análises das variáveis ecológicas-geobotânicas. Os níveis dos metais-traço nas folhas das espécies de mangue foram considerados não tóxicos (Zn > Cu > Pb > Cd) e os níveis dos metais-traço nos sedimentos (Zn > Pb > Cd) sugeriram que os bosques de mangue da APA não poderiam ser considerados poluídos. Os valores do FC (< 1,0) apontaram que os metais não estariam biodisponíveis e que o acúmulo destes nas folhas não correspondeu aos níveis nos sedimentos. A análise multivariada indicou que as variações na área e na integridade foliar podem representar uma resposta a um estressor distinto dos investigados e discriminou os metais segundo a mobilidade geoquímica. Recomenda-se a realização de novas pesquisas de biogeoquímica centradas na avaliação de impactos e na conservação.
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