
A vez da “metalinguagem”: por uma análise sintática “crítica” na educação básica
2021; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 17; Issue: 2 Linguagem: Português
10.31513/linguistica.2021.v17n2a41699
ISSN2238-975X
Autores Tópico(s)Education and Digital Technologies
ResumoAo discutir o lugar das atividades metalinguísticas na educação básica, o presente artigo tem por objetivo principal apresentar uma abordagem “crítica” de análise sintática a ser desenvolvida na Educação Básica, a “Análise Sintática Crítica”. O adjetivo “crítica” dado à abordagem deve ser entendido sobretudo pelo seu comprometimento em criar condições para que os alunos da educação básica realmente se vejam como produtores e autores da análise sintática. Como ingrediente metodológico para a análise sintática (a ser desenvolvida no segundo ciclo do ensino fundamental e no ensino médio), sugere-se que o professor valorize, junto aos alunos, as tarefas de julgamentos de gramaticalidade – expediente metodológico típico da investigação gerativista. Para o caso específico da classificação sintática dos constituintes, tal expediente levará em conta ocorrências em que coocorrem o constituinte cuja função sintática se deseja classificar com um outro constituinte supostamente de mesma classificação (sintática). O artigo recorre, no plano metodológico, a duas manchetes ambíguas de jornal para oferecer um passo a passo sobre como professor e alunos podem proceder na análise sintática “crítica”. Busca-se argumentar em favor da análise metalinguística e de sua importância na construção da argumentação.
Referência(s)