Artigo Acesso aberto

Uso da Ibogaína no transtorno por uso de substância: uma revisão da literatura

2022; Brazilian Journal of Development; Volume: 5; Issue: 5 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv5n5-299

ISSN

2595-6825

Autores

Mylena Valadares Silva, Letícia de Carvalho Brito, Lorenna Alves Bezerra, Amanda Guedes Assis Dutra, Raquel Skaf Nacfur Santana, Mário Pereira Alves, Érika Brasil Santos e Almeida, Guilherme Veiga Fonseca,

Tópico(s)

Neurotransmitter Receptor Influence on Behavior

Resumo

O transtorno por uso de substâncias (TUS) corresponde a um padrão em que os pacientes usam determinada substância e têm prejuízos em várias esferas das vidas, sendo uma problemática evidente de morbimortalidade em muitos países. Nesse contexto, a ibogaína vem sendo estudada para o tratamento do TUS. Tal função medicamentosa está interligada à capacidade de gerar múltiplas interações com neurotransmissores associados à adicção. Assim, apesar de ser uma substância utilizada em diversos âmbitos há séculos, é essencial o estudo adequado da ibogaína para verdadeiro entendimento da droga e de seus possíveis efeitos no corpo humano. Dessa forma, esse estudo foi baseado em publicações de 2017 a 2022 encontrados no Pubmed, Google Acadêmico e Scielo e realizada revisão bibliográfica. As pesquisas evidenciaram que o uso de ibogaína para o tratamento do uso nocivo de substâncias pode ser intervenção eficaz, reduzindo sintomas de abstinência e do desejo de uso. No entanto, outros estudos relataram complicações graves, inclusive mortes, que parecem ter relação com os efeitos neurotóxicos e cardiotóxicos. A ausência de efeitos da ibogaína no TUS pode estar relacionada a fatores como a equivalência entre as doses terapêuticas não ser bem conhecida, a falta de grupos controle e placebo nos estudos e, ainda, o fato de que muitos dos tratamentos foram realizados em contextos não médicos. Além disso, tratam-se de estudos com reduzido número de amostras, evidenciando limitação para compreensão dos benefícios existentes.

Referência(s)