Portal de Periódicos da CAPES

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO ESTADO DO PIAUÍ

2022; Volume: 2; Issue: Suppl.3 Linguagem: Português

10.52600/2763-583x.bjcr.2022.2.suppl.3.999-1003

2763-583X

Francisco Edmilson Canuto De Carvalho Neto, Anna Émille Almeida Moura, Arthur César de Carvalho Castro, Frank Castelo Branco Marques Filho, Mauro Roberto Rodrigues De Moura Júnior, Augusto César Evelin Rodrguires,

Public Health in Brazil

INTRODUÇÃO: Infarto agudo do miocárdio é um fenômeno cujas artérias coronárias são obstruídas, impedindo o fluxo sanguíneo para o coração, e resultando, possivelmente, na morte do paciente. Atualmente, é considerada uma das principais causas de morte no Brasil, apresentando uma alta morbidade com associação ao sedentarismo e obesidade, além de refletir no cenário socioeconômico. OBJETIVO: Analisar perfil epidemiológico de pacientes internados com infarto agudo do miocárdio. MÉTODOS: Os dados foram colhidos no SIH/SUS-DATASUS de pacientes com infarto agudo do miocárdio no estado do Piauí, de 2012 a 2021, exceto pacientes que não residiam no estado, acentuando as seguintes variáveis: faixa etária, cor/raça, sexo e óbitos. RESULTADOS: Constatou-se 16.296 casos no período, com maior prevalência em 2019: 2.084 casos (12,7%), e a menor ocorrência em 2013 com 1.161 casos (7,12%). Em relação ao número de óbitos, ocorreram 1.407 casos (8,63%), com maior evidência em 2012, com 172 óbitos (1,05%). Tratando do sexo dos pacientes, a ocorrência maior foi em homens: 10.448 (64,1%). Quanto a faixa etária, obteve-se mais incidentes entre 60 a 69 anos: 4.915 casos (30,1%), e observa-se o critério cor/raça, cujo maioria dos registros não foram informados: 8.333 casos (51,1%), seguidamente da cor/raça parda: 6.776 casos (41,5%). CONCLUSÃO: Revelou-se que o ano com maior número de óbitos não foi o mesmo com mais ocorrências, o que evidencia evolução da conduta terapêutica e da medicina ao longo desses dez anos. Além disso, supõe-se que abrangeu mais homens da terceira idade devido condições ruins do estilo de vida, como a não prática de atividades físicas, alimentação inadequada e etilismo. A cor/raça parda demanda maior atenção para o nível social, na qual essas pessoas estão enquadradas. Desta forma, conhecer o perfil desses pacientes é de suma importância, pois possibilita a implantação de políticas públicas que venham evitar a ocorrência de novos casos.