Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Petrografia, química mineral e litoquímica do augen gnaisse Riacho Salgado (Lajes/RN), extremo nordeste da Província Borborema

2022; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 22; Issue: 3 Linguagem: Português

10.11606/issn.2316-9095.v22-189990

ISSN

2316-9095

Autores

Derick Giordano Feitosa Guerra, Marcos Antônio Leite do Nascimento, Frederico Castro Jobim Vilalva, Alan Pereira da Costa, Alexandre Ranier Dantas,

Tópico(s)

Geography and Environmental Studies

Resumo

O magmatismo Paleoproterozoico na Província Borborema vem sendo estudado para melhor compreensão do período mais importante na formação de crosta terrestre. Nesse contexto, este trabalho apresenta dados de petrografia, química mineral e litoquímica para o augen gnaisse Riacho Salgado (AGRS), de idade riaciana, localizado no centro urbano de Lajes (RN). Essas rochas mostram dois eventos metamórficos, M2 e M3, com o desenvolvimento de gerações distintas de minerais, como quartzo, K-feldspato e plagioclásio (três gerações), além de biotita, anfibólio, titanita e minerais opacos (duas gerações). Allanita, zircão e apatita são considerados cristais do protólito. Epidoto, clorita, muscovita e carbonatos ocorrem como resultado de alterações hidrotermais. Os minerais opacos são classificados como magnetita, pirita e ilmenita. O quimismo de zircão e titanita (em MEV-EDS) é indicativo de protólito granítico de crosta continental, enquanto a biotita, rica na molécula de annita, é compatível com assinatura cálcioalcalina. Os anfibólios são classificados como pargasita e magnésio-hornblenda, de natureza subalcalina a alcalina, já os plagioclásios correspondem à andesina. Na litoquímica, o AGRS corrobora o protólito ígneo e apresenta assinaturas metaluminosas e cálcioalcalinas de alto-K (subalcalina), com anomalia positiva de Eu. Em termos geotectônicos, a geoquímica sugere ambiente de arco continental sin-subducção, com altos teores de Sr e Ba. Assim, os dados compilados e apresentados no estudo corroboram a classificação mais recente para o AGRS, imerso na unidade metaplutônica do Complexo Caicó.

Referência(s)