
Epidemiologia da leishmaniose visceral humana no Brasil: perspectivas da atenção à saúde pública pelo prisma da Medicina Veterinária
2022; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 11; Issue: 15 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v11i15.37034
ISSN2525-3409
AutoresVinícius José de Oliveira, Andrezza Brigato Siqueira, Caroline Silva Vieira, Samantha Luiza Soriano da Fonseca, Maria Vitória Gilvan da Silva, Fernanda Vianna Borges, Vinícius Souza Mendes, Denise Ramos Pacheco, Bruna dos Santos Oliveira, Robson Carlos Antunes,
Tópico(s)Research on Leishmaniasis Studies
ResumoA leishmaniose é uma doença tropical negligenciada relacionada com a pobreza. Ela apresenta duas formas clínicas principais: a leishmaniose visceral e a leishmaniose cutânea. O número de casos notificados de leishmaniose visceral diminuiu substancialmente na última década como resultado de um melhor acesso ao diagnóstico e tratamento e de um controle vetorial intenso. Porém permanecem grandes lacunas de evidência, sendo necessários novos instrumentos de identificação e tratamento, antes que a leishmaniose possa ser definitivamente controlada. O objetivo deste estudo foi descrever os aspectos epidemiológicos da leishmaniose visceral humana e correlacionar com perspectivas da Medicina Veterinária. Foram notificados 50.084 casos de leishmaniose visceral no Brasil entre os anos de 2007 e 2020. Constatou-se que o sexo masculino, a raça parda, da faixa etária entre 1 e 4 anos, residentes na zona urbana e com baixa escolaridade são os indivíduos mais afetados pela infecção. Identificou-se também infecções em gestantes de diferentes períodos gestacionais; além de coinfecções com o HIV. Clinicamente, a maioria das notificações eram de novos casos, com diagnóstico laboratorial definido e que evoluíram para cura. Ademais, em praticamente todas as variáveis analisadas, foi possível detectar uma grande quantidade de informações ignoradas ou em branco. Assim, salienta-se que a atuação do(a) Médico(a) Veterinário(a) no controle e combate à leishmaniose deve ser em conjunto com equipes multiprofissionais, buscando a promoção primária à saúde, contribuindo com a promoção da saúde humana e animal, promovendo a qualidade de vida dessas populações, buscando reduzir gastos com o enfrentamento de surtos ou agravamento de doenças zoonóticas.
Referência(s)