Artigo Acesso aberto

Escola e religioso docilizando corpos: Espaços de controle?

2022; Brazilian Journal of Development; Volume: 8; Issue: 11 Linguagem: Português

10.34117/bjdv8n11-180

ISSN

2525-8761

Autores

Welson Barbosa Santos, Weberson Ferreira Dias, Geovanna de Lourdes Alves Ramos, Adão Machado Lima,

Tópico(s)

Migration, Racism, and Human Rights

Resumo

Consideremos os ditos populares “Quando a cabeça não pensa, o corpo padece”, “Mente sã, corpo são”, “Casa sem lume, corpo sem alma”, “saco parado não segura em pé”, “Conselho sem remédio, é corpo sem alma”. Neles é comum o uso de partes do corpo e/ou o corpo, tanto o social quanto o biológico, para a representação de ditos populares. Em relação ao corpo, dentro desse recorte, é valoroso pensar nos discursos produzidos, trazidos e reproduzidos por ele e sua potencialidade de alcance dos demais corpos. Assim, dentro da amplitude de corpo e discurso, temos como referência alguns ditados populares referentes ao corpo físico, discurso e moral. Consideremos ainda o que é trazido da tradição religiosa, expressa socialmente e historicamente, a confissão, a reconciliação, o sacramento da penitência ou o sacramento do perdão, a muito vem sendo percebido como obrigatório para todo cristão, segundo a pastoral católica propagada e ainda vigente. Tomamos com referência aqui espaços como o entorno onde ocorre a festa do Bonfim tocantinense. Dentro desse diálogo e entrelaçamento, interessa-nos observar como o corpo, não é só biológico, mas psico-cultural e social, expressa discursos e dispositivos ligados à fé e submete-o a condição de dor física. A partir do contexto levantado o desafio deste texto para com a escola que precisa assumir sua condição de instituição laica e, por ser assim, ponto de apoio na edificação de sujeitos e suas subjetividades. Consideramos aqui o desafio da escola e isso não significa desmerecer o religioso e o social, mas assumir o desafio de se aprender a conviver com as diferenças religiosas, deslocando o social do lugar da intolerância para o reconhecimento. Portanto, defende-se aqui que esse deve ser o papel da escola.

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