Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Alienação: nominalismo e ambiguidade referencial no "jovem Marx"

2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE; Volume: 29; Issue: 60 Linguagem: Português

10.21680/1983-2109.2022v29n60id28968

ISSN

1983-2109

Autores

Felipe Taufer,

Tópico(s)

Social and Economic Solidarity

Resumo

A tese principal deste artigo é que se nos perguntarmos pela referência do conceito “alienação”, nos encontraremos na posição de ter que admitir que ela é ambígua. Faço uso do termo ambiguidade referencial para apontar duas fontes de ambiguidade: (i) pode se referir ao trabalho como objeto ou sujeito da alienação; (ii) pode designar ou não uma referência. Argumento a literatura marxista de apoio não explicitou essa ambiguidade, pois está presa no paradigma de uma “leitura genitivo-subjetiva”. Não se trata, porém, de defender uma “leitura genitivo-objetiva”, mas mostrar que a sua plausibilidade ajuda a esclarecer que os textos do “jovem Marx” eram ambíguos. Para isso, procuro mostrar o que uma “leitura genitivo-objetiva” diria sobre três contextos específicos de uso de “alienação” e “estranhamento”: Manuscritos de 1844 (parte 1), A Sagrada Família e A Ideologia Alemã (parte 2). Busco também explicitar como essa leitura só faz sentido sob a pressuposição de um nominalismo semântico.

Referência(s)