Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A imigração forçada de crianças: da colonização da América portuguesa no século XVI ao Estado de bem-estar social menorista do século XX1

2022; UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; Volume: 28; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/tem-1980-542x2022v280306

ISSN

1980-542X

Autores

Maria Nilvane Fernandes, Ricardo Peres da Costa, Ângela Mara de Barros Lara, Belmiro Gil Cabrito,

Tópico(s)

Migration, Racism, and Human Rights

Resumo

Resumo: O artigo realiza uma análise histórica que perpassa três contextos: a) a colonização da América Portuguesa; b) o processo imigratório que se inicia no século XIX; e c) a política do Estado de bem-estar social do século XX. Os meninos como pajens e grumetes e as meninas como órfãs do rei foram presença constante nas embarcações dos séculos XVI e XVII. No século XIX, eles imigravam com suas famílias, como parte da política segregadora eugenista, que buscava o embranquecimento do país. No século XX, esse processo tomou como forma a ampla institucionalização de menores com vistas a conter os conflitos sociais. Para milhares de crianças, o Estado de bem-estar social foi uma política que as retirou de suas famílias e as inseriu no trabalho forçado. Assim, a existência de tráfico de pessoas por motivos econômicos e eugênicos não é algo recente, mas um processo vivenciado em outros momentos históricos, que continuou durante o século XX, não apenas na América Latina, mas também em países europeus como resultado da política de salvação da infância e do movimento parens patriae1 .

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