
Avaliação do efeito biológico de Moringa oleifera Lam. in vivo
2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; Volume: 16; Issue: 1 Linguagem: Português
10.36560/16120231731
ISSN2316-9281
AutoresWemerson Aparecido da Silva Ferreira, Erica Gabriele da Silva Pereira, Danilo Henrique Aguiar, Angellica Fernandes de Oliveira, Marina Mariko Sugui,
Tópico(s)Moringa oleifera research and applications
ResumoA Moringa oleifera Lam. pertence à família Moringaceae, conhecida popularmente no Brasil como “moringa”, “lírio branco” ou “quiabo-de-quina”, possui inúmeros benefícios para a saúde, incluindo propriedades nutricionais e medicinais. O estudo proposto teve como objetivo avaliar as atividades mutagênica/antimutagênica e citotóxica do extrato aquoso de M. oleifera contra danos induzidos ao DNA pelo N-etil-N-nitrosuréia (ENU) em células de medula óssea de camundongos machos Swiss, através do teste do micronúcleo e a viabilidade celular em culturas de células de Ovário de Hamster Chinês (CHO), respectivamente. Foram utilizados 8 animais/grupo, que receberam durante 15 dias consecutivos o tratamento, via gavagem, com extrato aquoso de M. oleifera. No 15º dia, os animais receberam tratamento intraperitoneal com NaCl 0,9% ou ENU (50 mg/Kg), sendo sacrificados 24 horas após o tratamento para avaliação da frequência de eritrócitos policromáticos micronucleados (MNPCEs). Para a avaliação da atividade citotóxica in vitro das células CHO foi utilizado o ensaio de exclusão com azul de tripan para as concentrações de 5000, 2500, 1000, 200, 100 e 50 µg/mL do extrato de M. oleifera. Os resultados obtidos mostram que o pré-tratamento com o extrato aquoso de M. oleifera, sob as condições testadas, reduziu significativamente (p ≤ 0,01) a frequência de MNPCEs induzidos pelo ENU quando comparado com o grupo controle positivo, apresentando efeito antimutagênico. Não foi observado efeito mutagênico no grupo tratado somente com o extrato aquoso de M. oleifera. O teste de viabilidade celular pelo azul de tripan mostrou células viáveis somente nas concentrações testadas de 100 µg/mL (85,6%) e 50 µg/mL (95,5%). Neste contexto, o efeito antimutagênico apresentado pelo extrato aquoso de M. oleifera pode ser o resultado de uma ação sinérgica entre os diversos constituintes da planta e sua ação citotóxica depende da concentração utilizada. Nas condições realizadas, o estudo sugere que o extrato aquoso de M. oleifera não tem ação citotóxica em baixas concentrações e possui um efeito quimioprotetor para o câncer.
Referência(s)