Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Biopolítica, desenvolvimento e a exclusão da vida severina

2022; UNIVERSIDADE DO CONTESTADO; Volume: 9; Linguagem: Português

10.24302/prof.v9.4443

ISSN

2358-6125

Autores

Jaciel Santos Karvat, Jairo Marchesan, Krishna Schneider Treml, Sandro Luíz Bazzanella,

Tópico(s)

Urban Development and Societal Issues

Resumo

O objetivo deste artigo é compreender o controle e a violência exercida pelo Estado por meio de instrumentos e da racionalidade dos dispositivos jurídicos, econômicos e políticos, e suas implicações sobre o desenvolvimento regional. O artigo está fundamentado na literatura agambeniana, numa relação intrínseca com a vida mencionada no poema de João Cabral de Melo Neto. Mediante a leitura dos versos e com embasamento nos ensinamentos do filósofo italiano Giorgio Agamben, faz-se permissível estabelecer uma relação ambígua e complexa na qual o Estado – alicerçado em injunções jurídicas e dispositivos econômico-políticos – exerce violência institucionalizada que não somente determina condutas, mas segrega o povo, provoca constantes ameaças, dirige e traça premissas financeirizadas à população humana, sob a obsessão de um modelo econômico desenvolvimentista. Esse modelo econômico governa, por meio de um aparato jurídico e burocrático, a vida e a morte dos seres humanos, e é tão ávido que se liquefaz ao projeto biopolítico, transformando a vida humana em vida meramente biológica, especialmente nas populações periféricas. A violência atrelada à lei e a este processo contamina todas as novas instituições, projetos e injunções, inclusive projetos e ações de desenvolvimento, nas suas mais diversas adjetivações. Palavras-chave: Biopolítica; Economia; Desenvolvimento; Violência.

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