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IMPACTOS DA IMPLANTAÇÃO DO MONITORAMENTO NAS REALOCAÇÕES COM ANIMAIS EM BAIRROS ACOMETIDOS POR ACIDENTE GEOLÓGICO NA CIDADE DE MACEIÓ- ALAGOAS, BRASIL

2022; Faculdade Novo Milênio; Volume: 15; Issue: 6 Linguagem: Português

10.54751/revistafoco.v15n6-009

1981-223X

Helena Emília Oliveira Teodosio, Rayane Caroline Medeiros do nascimento, Yane Fernandes Moreira, Noelia Layslla Costa Barros, Maurício Carnaúba da Silva Mota, Monica Melo Dos Santos, Pierre Barnabé Escodro,

Tailings Management and Properties

Em 2019, o departamento de geologia do Brasil diagnosticou que a atividade de mineração de sal-gema reativou as falhas geológicas existentes na área de mineração há quarenta anos na cidade Maceió, estado de Alagoas, região nordeste do Brasil. O impacto dessa atividade abriu cavernas subterrâneas, destruiu a estabilidade do solo e causou tremores, levando ao afundamento do solo, surgimento de rachaduras e aumento dos riscos de acidentes em cinco bairros de Maceió-AL (Mutange, Bom Parto, Bebedouro, Pinheiro e Farol). Para evitar um desastre ainda maior os órgãos competentes determinaram a realocação das famílias dos locais de risco para áreas seguras. No entanto, muitos animais foram abandonados ou fugiram no processo das mudanças. Para tentar reverter essa situação, em agosto de 2020, inicia-se o Projeto Integra Animal- UFAL-BRASKEM. A partir do diagnóstico na área, em outubro, iniciou-se o monitoramento de todas as realocações de famílias com animais. O objetivo deste trabalho é trazer os resultados do primeiro mês da intervenção. Foram acompanhadas 159 famílias em processo de realocação, das quais 23,3% (37/159) eram situadas no Bebedouro, 10,7% (17/159) no Bom Parto, 13,2% (21/159) no Mutange e 52,8% (84/159) no Pinheiro. O número de animais das residências acompanhadas totalizou 520, sendo 31,9% (166/520) cães, 31,7% (165/520) gatos e 36,3% (189/520) animais de outras espécies. Foram transportados 93,8% (488/520) dos animais pertencentes às famílias dos bairros afetados, os 6,2% (32/520) restantes fugiram e não foram localizados até o momento da mudança. Um total de 26,5% (138/520) dos animais foi alocado em caixas particulares e 67,3% (350/520) em caixas de transportadora de apoio ao projeto. No total 7,3% (38/520) dos animais fugiram, dos quais 97,4% (37/38) eram felinos e apenas 2,6% (1/38) eram caninos. Desses animais 15,8% (6/38) foram localizados a tempo da mudança. O resultado foi uma correlação forte e positiva. Conclui-se que o acompanhamento das mudanças envolvendo animais promoveu a diminuição no número de fugas e abandonos durante o processo de realocação.