
Análise morfoestrutural da Formação Tupanciretã (Cenozoico), Planalto Meridional do Rio Grande do Sul, Brasil
2022; Volume: 49; Issue: 2 Linguagem: Português
10.22456/1807-9806.108111
ISSN1807-9806
AutoresMateus da Silva Reis, Clódis de Oliveira Andrades Filho, Dilce de Fátima Rossetti,
Tópico(s)Geological formations and processes
ResumoA porção sul da Bacia sedimentar intracratônica do Paraná carece de estudos que considerem a possível influência de atividade tectônica na evolução do relevo após o Cretáceo. Este trabalho visa hierarquizar morfoestruturas na porção sul da Bacia do Paraná, abrangendo as Formações Tupanciretã e Serra Geral, com base em topologia de redes de drenagem e lineamentos morfoestruturais. O estudo é desenvolvido com o uso de dados de sensoriamento remoto, incluindo: modelo digital de elevação (MDE) World 3D30 (AW3D30), adquiridos a bordo do Advanced Land Observing Satellite (ALOS); imagens do Satélite Sentinel-2, sensor MSI (MultiSpectral Instrument); e imagens do veículo aéreo remotamente pilotado (VARP) Phantom 4 PRO. As informações obtidas desses produtos foram integradas com dados morfológicos coletados em campo, bem como com a base cartográfica oficial do Estado do Rio Grande do Sul em escala de 1:25.000. O resultado da análise morfoestrutural revelou relevo com indícios de deformação tectônica, registrada por inúmeras anomalias, com destaque para: padrões de drenagem anômalos, como o treliça e subtipos; inflexões abruptas de canais formando ângulos de 90º; e lineamentos morfoestruturais. Duas fases deformacionais principais foram hierarquizadas: a primeira de direção NE-SW, compatível com estruturas tectônicas do Cenozoico Inferior da Bacia do Paraná; e a segunda de direção E-W, concordante com estruturas transcorrentes do Cenozoico Superior, formadas durante a abertura do Oceano Atlântico Sul. Além disso, ocorrem lineamentos morfoestruturais de direção N-S, que foram relacionados com compressão decorrente da colisão das placas de Nazca e Sulamericana.
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