
O TRABALHO ESCRAVO E FAST FASHION
2022; UNIV. REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES; Volume: 22; Issue: 43 Linguagem: Português
10.31512/rdj.v22i43.1009
ISSN2178-2466
AutoresOsmar Veronese, Andressa Laste,
Tópico(s)Social and Economic Solidarity
ResumoOs elementos estruturantes da atualidade, que não apenas ordenam relações econômicas e de produção, mas também sociais e culturais, moldam a vida de forma transitória e fugaz como líquido, era nominada por Bauman de “modernidade líquida”. Esse modelo, seguido por boa parte do mundo ocidental, ancora-se no discurso econômico neoliberal, propõe a redução do papel do Estado na economia e, como efeito colateral, produz o consumismo, em que as necessidades e desejos são direcionadas para o consumo em excesso, especialmente de produtos descartáveis e/ou supérfluos. Poucos setores da economia se adaptaram tão bem a esse modelo como a indústria da moda, que embora também atue como slow fashion, tem na fast fashion uma dinâmica em larga escala, envolvendo empresas varejistas nacionais e internacionais, cuja engrenagem é líquida e consumista. Nesse contexto, seguindo o método de abordagem dedutivo aliado ao procedimento bibliográfico, a pesquisa visou responder se a indústria da moda estimula o trabalho escravo contemporâneo, a partir da correlação entre neoliberalismo e consumismo? E a resposta foi afirmativa pois, no afã de atender os excessos, parcela dessas empresas têm utilizado e/ou encoberto a exploração de mão de obra, fomentando o trabalho escravo contemporâneo.
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