Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

artista nacional?

2022; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO; Volume: 12; Issue: 28 Linguagem: Português

10.23925/2236-9937.2022v28p136-158

ISSN

2236-9937

Autores

Víctor Almeida Gama, Alexandre Sugamosto,

Tópico(s)

History of Colonial Brazil

Resumo

A descoberta dos manuscritos da Clavis Prophetarum (A Chave dos Profetas), documento que era considerado desaparecido há pelo menos trezentos anos e ressurgiu em 2022, reacendeu o interesse na obra do “jesuíta do rei” e em seus escritos considerados fundamentais para “para a história luso-brasileira” 1. No entanto, a realidade é que a obra de Antônio Vieira (1608-1697) tem sido fonte de controvérsia teológica e literária desde que vieram a lume. Por exemplo: uma das teses centrais da Clavis, -tese a respeito da qual nem o próprio Vieira parece ter alimentado convicção ao longo da vida- é a de que estava em gestação o tempo da consumação milenar do “reino de Cristo”. O livro faz parte do que a historiografia convencionou chamar de “Trilogia do Quinto Império”: somam-se ao “Chave dos Profetas”, a carta “Esperanças de Portugal” (“Carta ao Bispo do Japão”), escrita em 1659, e a “História do Futuro”. Em diversos momentos da trilogia, Vieira afirma que esse Quinto Império- aquele que consumará o futuro esperado e sucederá o dos egípcios, assírios, persas e romanos- é o próprio reino de Portugal. O artigo pretende analisar a carta do Padre Vieira, Esperanças de Portugal, em seus aspectos literário e teológico.

Referência(s)