
Fenômenos resultantes do resfriamento noturno nas superfícies de cimeira da Serra da Mantiqueira em julho de 2021
2022; Associação Brasileira de Climatologa; Volume: 31; Linguagem: Português
10.55761/abclima.v31i18.15674
ISSN2237-8642
AutoresGabriel Gorga Cardoso, Erika Collischonn, Vinícius Henrique Lucyrio de Lima,
Tópico(s)Geography and Environmental Studies
ResumoOs climas das áreas de montanha no Brasil tropical são ainda mal conhecidos devido à ausência de observações meteorológicas contínuas. Este é também o caso para as superfícies de cimeira na Serra da Mantiqueira. Com o objetivo de contribuir com este conhecimento, foi feito um esforço pessoal e comunitário em localidade do município mineiro de Delfim Moreira para aquisição e instalação de estações meteorológicas. Neste trabalho apresentam-se alguns resultados marcantes do monitoramento já realizado com relação a variação das temperaturas mínima e máxima do ar diárias, relacionadas também a umidade relativa do ar, no mês de julho de 2021. Comparam-se dois pontos de monitoramento, com estação meteorológica automática Davis, distantes 1,5 km um do outro, em diferentes compartimentos do vale do Ribeirão Vermelho: o primeiro no fundo do vale, a 1711m, o segundo, no alto de uma encosta, a 1850m. Regionalmente, na Serra da Mantiqueira, o vale se encontra numa posição de sotavento em relação aos ventos que trazem umidade no inverno (sul e sudeste). O trabalho aponta a frequência de fortes inversões térmicas locais e também de ocorrência de geadas no fundo do vale no período, relacionadas a ação de fortes anticiclones polares que se associaram ao Anticiclone do Atlântico Sul. Não foi encontrado nenhum estudo que registrasse tal frequência de geadas na Serra da Mantiqueira.
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