Guerra civil?: o que uma análise sobre 40 anos de dados de saúde brasileiros revela
2020; Volume: 30; Issue: 2 Linguagem: Português
10.56839/bd.v30i2.4
ISSN2595-2064
Autores Tópico(s)Food Security and Health in Diverse Populations
ResumoDeixar de pensar por nós mesmos e não ver a condição humana nos outros pode ser o primeiro passo que nos leva a uma perigosa apatia que aceita a violência como algo natural, corriqueiro e, até mesmo, justificável. Isso pode esconder uma guerra civil que traz imensos prejuízos à nação. A partir dessa hipótese, utilizando-se das técnicas de mosaico síntese, analisou-se os dados de Agressão – internação (1998-2019) e óbitos (1979-2018), do Brasil, para investigar a suspeita dessa guerra civil não oficializada e, a partir dessa hipótese, confrontando-os com os dados de outros 68 países (80,63% da população mundial) e, então, encontrou-se parâmetros para estimar a sua dimensão. Como resultado, identificou-se 1.308.891 vítimas masculinas (94,17%)/81.071 femininas (5,83%). A investigação também mostrou que é possível acabar com uma situação onde, somente em 2015, os Anos Potenciais de Vida Perdidos, chegaram a 2.038.888,00 (homens) e 161.604,50 (mulheres), mas isso é uma mera fração dos 72.339.707,87 Anos Potenciais de Vida Ganhos (APVG), que teríamos, caso conseguíssemos eliminar as mortes por Agressão nos homens. Essa nova medida estatística é obtida a partir do uso das Tábuas de Vida de Múltiplo Decremento e revelou para as mulheres a soma de 7.115.848,59 APVG. Diante desses números, esse trabalho se transforma em um alerta para a necessidade de uma mudança urgente de comportamento e desenvolvimento de uma inteligência emocional na população, para lidar com questões de conflito, na qual as mulheres, provavelmente, detêm a solução. Ter empatia e se importar com o outro é o caminho que apontamos para mudar um quadro de violência que deu ao País um prejuízo, em vidas humanas, de quase US$ 21 trilhões. Palavras-chave: Big Data. Violência. Endemia.
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