Artigo Acesso aberto Produção Nacional

SABERES E MODOS DE AGIR DE HOMENS RIBEIRINHOS SOBRE O USO DE PRESERVATIVO

2022; Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós Graduação em Enfermagem; Volume: 31; Linguagem: Português

10.1590/1980-265x-tce-2022-0155pt

ISSN

1980-265X

Autores

Elen Petean Parmejiani, Ana Beatriz Azevedo Queiroz, Mônica Pereira Lima Cunha, Ana Luiza de Oliveira Carvalho, Gabriela Silva dos Santos, Juliana da Fonsêca Bezerra, Edilene Macedo Cordeiro Figueiredo, Clenilda Aparecida dos Santos,

Tópico(s)

Sex work and related issues

Resumo

RESUMO Objetivo analisar os saberes e modos de agir de homens ribeirinhos acerca o uso do preservativo, a partir de suas representações sociais sobre o dispositivo. Método estudo qualitativo ancorado na Teoria das Representações Sociais, realizado com 21 homens ribeirinhos da comunidade São Carlos do Jamari, em Porto Velho, Rondônia, Brasil. A coleta de dados ocorreu entre janeiro e julho de 2019, por meio de entrevista com questionário semiestruturado. Para o processamento dos dados utilizou-se os softwares Statistical Package for the Social Sciences, obtendo-se a caracterização dos participantes por meio da estatística descritiva e o IRAMUTEq®, para análise lexical dos discursos, pela classificação hierárquica descente, obtendo-se cinco classes temáticas, dentre as quais, aprofundou-se neste estudo a classe cinco. Resultados as representações sociais foram produzidas por participantes adultos, com ensino médio completo, renda familiar per capita de até um salário-mínimo, sexualmente ativos com uso irregular do preservativo. Identificou-se que os participantes elaboram uma dimensão cognitiva, que revela seus saberes sobre o preservativo como forma de prevenção, contudo, elementos como interferência no prazer, relacionamento estável e uma dimensão avaliativa negativa resultam no uso irregular do dispositivo e num comportamento de risco, em suas práticas sexuais. Conclusão as representações sociais se ancoram no conhecimento reificado, no discurso da funcionalidade preventiva do preservativo e em estereótipos de masculinidade. Com isso, os homens ribeirinhos possuem um conhecimento que não se manifesta em seus comportamentos. Portanto, esse grupo social carece de ações de promoção da saúde que possibilitem mudanças em seus comportamentos e práticas de cuidados.

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