FINCANDO BANDEIRAS, RESSIGNIFICANDO O ESPAÇO
2009; Volume: 6; Issue: 9 Linguagem: Português
10.36661/2448-1092.2009v6n9.12549
ISSN2448-1092
AutoresMarcelo Lopes de Souza, Eduardo Tomazine Teixeira,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoA produção do espaço deve ser apreendida de modo a se considerar muito mais do que a sua dimensão material; aquela pressupõe, com efeito, todo o conjunto de práticas espaciais empreendidas pelos seus agentes modeladores. os domínios do poder e do simbólico, respectivamente representados, em termos de conceitos espaciais, pelas ideias de território e lugar, devem, portanto, ser tão enfatizados quanto a produção material do espaço. Dessa maneira, é importante buscar compreender como os agentes modeladores do espaço criam imagens espaciais (ou “representações sócio-espaciais”), fenômeno cuja ocorrência se dá frequentemente durante ou após o processo de territorialização. Esse fenômeno é particularmente interessante com relação aos movimentos sociais, os quais geralmente atribuem aos seus territórios um significado político-simbólico ao nomearem seus espaços (ou seja, pela criação de novos topônimos), além de ressignificarem também palavras e expressões correntes – criando, em decorrência, o que nós definimos como “léxico espacial”. No presente artigo, nós apresentamos e comentamos algumas dessas palavras e expressões, bem como uma série de nomes de ocupações batizadas pelo movimento dos sem-teto no Rio de Janeiro e em São Paulo.
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