
Resistência e conflitos sociais na Amazônia paraense: a luta contra o empreendimento Hidrelétrico de Belo Monte
2013; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Volume: 8; Issue: 16 Ago. Linguagem: Português
10.14393/rct81619861
ISSN1809-6271
AutoresJosé Antônio Herrera, Rodolfo Pragana Moreira,
Tópico(s)Rural and Ethnic Education
ResumoO território Transamazônica-Xingu sofre constantes transformações devido à chegada de novos sujeitos territoriais e empreendimentos que preconizam o lucro e o crescimento econômico, caracterizando, o movimento do capital no território. Essa situação tem gerado problemas no uso dos recursos naturais e mudanças nos modos de vida. Novas dinâmicas no território têm provocado transformações socioeconômicas, produtivas e ambientais que configuram espaços de conflitos, choques culturais e de interesses, com a sobreposição de grupos econômicos externos em relação aos hábitos, costumes e perspectivas dos sujeitos locais. O movimento do capital "normalmente ignora o espaço vivido das comunidades locais e busca refuncionalizá-lo em função da acumulação capitalista"1. Partindo desta premissa, tem no escopo do texto elementos e compreensão de fatos que explicitam as alterações nas dinâmicas e a resistência de grupos locais ao empreendimento hidrelétrico de Belo Monte. Para tanto, foram feitas entrevistas com lideranças dos movimentos sociais e lideres de comunidades impactadas, além do acompanhamento de ações dos movimentos que reivindicam a promoção e garantia dos valores democráticos. Na análise feita ao longo do texto, não há uma defesa do localismo, mas uma reflexão crítica acerca dos interesses que não ponderam as relações estabelecidas historicamente nos locais, gerando, consequentemente os conflitos sociais no território.
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