
Frederico Morais, a Semana de 22, o Núcleo Bernardelli e o desejo de revisão histórica do modernismo no Brasil
2022; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 20; Issue: 45 Linguagem: Português
10.11606/issn.2178-0447.ars.2022.197387
ISSN2178-0447
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoEste artigo analisa as transformações na produção do crítico brasileiro Frederico Morais (Belo Horizonte, 1936) a partir do início da década de 1980, quando suas posições sobre quais rumos deveria tomar a arte brasileira tornam-se gradativamente menos incisivas, e o tom de seus textos, mais conciliatório. Um discurso mais palatável, em comparação com os combativos anos 1960 e 1970, quando advogava em favor de uma arte de vanguarda no país. Isso acontece simultaneamente à dinâmica de sua incorporação pelo sistema brasileiro de arte, ou seja, uma institucionalização do crítico, que passa a atuar junto às galerias Acervo e Banerj, além de escrever e editar livros e catálogos para companhiascomo Sul América, Banco Sudameris, leilões Soraia Cals e Instituto Itaú Cultural. Nestas publicações, Morais passa a promover uma revisão sistemática da Semana de 22, em favor de um modernismo que, segundo ele, teria se consolidado a partir do Núcleo Bernardelli, no Rio de Janeiro.
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