Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Racismo de Estado e educação: apontamentos sobre o novo Ensino Médio

2022; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Naviraí; Volume: 9; Issue: 21 Linguagem: Português

10.55028/pdres.v9i21.15639

ISSN

2358-1840

Autores

Fernanda Cristine dos Santos Bengio, Daniela Dos Santos Bandeira, André Ribeiro de Santana,

Tópico(s)

Education Pedagogy and Practices

Resumo

Neste texto partimos da concepção da educação como exercício do Biopoder, objetivando interrogar a relação entre Racismo de Estado e determinados acontecimentos da política educacional, a fim de tecer algumas considerações acerca do Novo Ensino Médio. A partir da arqueogenealogia foram traçadas algumas reflexões acerca do Novo Ensino Médio e o ensino profissionalizante, por meio da análise de relações de saber e poder, conforme propõe Michel Foucault. De tal maneira, compreendemos que a educação brasileira é atravessada por práticas pautadas no racismo de Estado, o qual aciona a norma como dispositivo de produção de subjetividades, no âmbito do Biopoder. Notamos ainda que a prática educativa brasileira é permeada por discursos higienistas, desde pelo menos o fim do século XIX, que ao buscarem impor uma ortopedia social à população, encontraram legitimidade nos discursos cientificistas racistas dos séculos XIX e XX. Esses aspectos têm sido atualizados no debate recente sobre o Novo Ensino Médio e o ensino profissionalizante, mediante a consolidação de práticas discursivas a-históricas e naturalizadoras das desigualdades sociais em um cenário de ampla disparidade entre a escola pública e a escola privada no Brasil, na implementação do Novo Ensino Médio.

Referência(s)