
A relação entre COVID-19 e alterações no ciclo menstrual em um contexto de pandemia: Uma revisão sistemática da literatura
2022; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 11; Issue: 17 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v11i17.39145
ISSN2525-3409
AutoresMariana Ortolan Thiesen, Talita Yurie Nakata, Fabiana de Sousa Filgueira, Giovana Quitério Brunet, Juliana Luguera Copin Tenório, Melinne Barros Cavalcante Cortez, Laura Maria Bernice Torres, Tatiana Megale de Lima,
Tópico(s)COVID-19 Impact on Reproduction
ResumoDesde que foi decretada em dezembro de 2019, a pandemia da COVID-19 tomou enormes proporções. Neste contexto em que todos os aspectos da vida humana foram afetados, torna-se importante, no âmbito da saúde feminina, compreender quais os impactos da COVID-19 no ciclo menstrual, visto sua importância na vida das mulheres. O objetivo deste trabalho foi buscar estudos capazes de descrever as mudanças no ciclo menstrual observadas devido à COVID-19 e a fisiopatologia que está ligada a essas alterações, bem como suas consequências. Um ciclo menstrual normal é um indicador de boa saúde, ao passo que distúrbios no ciclo menstrual podem indicar condições subjacentes.. Diferentes tipos de células encontradas nas gônadas mostram a expressão da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) e serina protease transmembrana subtipo 2 (TMPRSS2), que fornecem vias de entrada fundamentais para o vírus SARS-CoV-2 na célula. Além disso, os efeitos biológicos sistêmicos da infecção por COVID-19 podem influenciar no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, aumentando o estresse e, consequentemente, o cortisol, exercendo um efeito global sobre o funcionamento do corpo. A revisão sistemática demonstrou que a COVID-19 influencia, de maneira reversível, no aumento ou diminuição na duração do ciclo, irregularidade menstrual, aumento do fluxo menstrual, escapes intermenstruais e sintomas mais intensos no período pré-menstrual, como dor abdominal e aumento da tensão pré-menstrual. Além disso, o impacto da pandemia na saúde mental e no comportamento sexual podem afetar a reprodução humana, sendo assim, a pandemia foi associada a um declínio na satisfação sexual, menor libido e menor frequência sexual.
Referência(s)