Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Perfil epidemiológico e fatores associados ao óbito por AIDS em mulheres em idade fértil (2007-2019)

2022; Brazilian Journal of Development; Volume: 8; Issue: 12 Linguagem: Português

10.34117/bjdv8n12-198

ISSN

2525-8761

Autores

Maria Eduarda Cardoso Silva, Rafaela Marioto Montanha, Laís Cristina Gonçalves Ribeiro, Rafaella Gomes, Ana Caroline Carvalho, Natacha Bolorino, Rejane Kiyomi Furuya, Flávia Meneguetti Pieri,

Tópico(s)

Adolescent Sexual and Reproductive Health

Resumo

Introdução: A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids), prejudica o sistema imunológico, favorecendo a aquisição de infecções oportunistas. A epidemia do HIV está passando pelo processo de feminização, sendo crescente o número de mulheres infectadas pelo HIV, especialmente as em idade fértil. Objetivo: Caracterizar o perfil demográfico e clínico de mulheres em idade fértil vivendo com HIV/aids e investigar os fatores associados ao desfecho óbito. Método: Foi realizado um estudo transversal e analítico, com abordagem quantitativa, com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram selecionadas no estudo mulheres adultas entre 13 a 49 aos de idade, notificadas no período de janeiro 2007 a dezembro 2019. As variáveis independentes foram: faixa etária, gestante, escolaridade, raça, tipo de exposição, sinais e sintomas clinicos definidores de aids, contagem de linfócitos TCD4+ e infecções oportunistas. Foi utilizado o programa IBM Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20. Realizada análise bivariada e multivariável, razão de prevalência e Intervalo de Confiança de 95%. Resultados: Dos 457 casos estudados, 67,6% possuíam 30 a 39 anos de idade, 54,1% obtinham até 8 anos de estudo, 61,7% eram brancas e 90,6% não eram gestantes e 96,1% foram expostas ao HIV através de relações sexuais com homens. Quanto aos sinais clínicos definidores de aids 22,9% apresentaram caquexia e 21,0% astenia. 61,0% dos casos possuíam a contagem de linfócitos TCD4+ menor ou igual a 350 cel/mm³. 25,0% das mulheres possuíam candidíase oral. A população da faixa etária de 30 a 49 anos, com escolaridade até 8 anos de estudo e com contagem de linfócitos T CD4+ menor ou igual a 350 cel/mm³ se encontrou associada ao óbito por aids, se caracterizando como um fator de risco. Conclusão: Houve de mulheres adultos jovens com escolaridade de até 8 anos de estudo e com a contagem de linfócitos TCD4+ menor ou igual a 350 cel/mm³, e estas estiveram mais associadas ao óbito. Com isto é visto a necessidade de criação de políticas públicas direcionadas a essa população, com o intuito de diminuir o percentual de mortalidade.

Referência(s)
Altmetric
PlumX