
A Feminilidade na Psicanálise é Branca? O Desamparo Discursivo Sobre a Feminilidade da Mulher Negra
2022; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 22; Issue: 4 Linguagem: Português
10.12957/epp.2022.71761
ISSN1808-4281
AutoresFlávia Angelo Verceze, Christiane Soares Pinto, Gabriela De Souza Rodrigues, Giovanna Menezes Cappucci,
Tópico(s)Gender, Sexuality, and Education
ResumoO presente artigo tem como objetivo apresentar a construção teórica sobre a sexualidade feminina e a feminilidade em Freud, para depois questioná-la a partir de um recorte de raça e gênero. Para isso, foram utilizados como referências principais trabalhos de autoras negras que discutem a temática étnico-racial, além de produções que abordam gênero e teorias do feminismo interseccional. O trabalho observou a concepção de um universal de mulher que parte da atribuição de traços da feminilidade que se vinculam à figura da mulher branca, burguesa e mãe e, portanto, não compreendem em sua totalidade gênero, raça e classe, de forma a apagar a experiência da mulher negra, marcada pelo racismo e pela história escravocrata. Assim, observa-se uma omissão da psicanálise frente à questão racial e, portanto, evidencia-se a necessidade de se pensar uma psicanálise contextualizada, que leve em consideração os aspectos históricos e sociais da realidade na qual se insere.
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