
Prevalência e fatores de risco de transtorno do jogo pela Internet
2022; Associação Brasileira de Psiquiatria; Volume: 12; Linguagem: Português
10.25118/2763-9037.2022.v12.462
ISSN2763-9037
AutoresRovena Batista Severo, Jennifer M. Soares, Josiara P. Affonso, Daniela A. Giusti, A.A. de Souza, Vera L. de Figueiredo, Karen Amaral Tavares Pinheiro, Halley M. Pontes,
Tópico(s)Impact of Technology on Adolescents
ResumoObjetivos: Estimar a prevalência de transtorno do jogo pela Internet (IGD) e fatores de risco associados em uma amostra de estudantes do ensino médio e superior de uma instituição pública federal de ensino superior (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) no sul do Brasil. Métodos: O estudo incluiu um questionário sociodemográfico, o Inventário de Depressão de Beck (BDI), Self-Report Questionnaire (SRQ-20), Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI-BR), Mini-Social Phobia Inventory (Mini-SPIN), e a Escala de Adição a Jogos (GAS). Finalmente, o IGD foi mensurado com a versão brasileira da Internet Gaming Disorder Scale-Short-Form (IGDS9-SF), que foi validada psicometricamente nesta população. Resultados: No geral, 38,2% (n=212) da amostra apresentou sintomas de IGD, com 18,2% (n=101) sendo classificados como jogadores de risco. A análise de regressão constatou que o IGD estava associado ao sexo masculino, sintomas depressivos graves, má qualidade do sono, aumento do tempo gasto em jogos e tempo livre total gasto em jogos (p < 0,001). Conclusões: A prevalência de IGD nesta amostra foi relativamente alta, e os fatores de risco associados encontrados foram similares aos relatados anteriormente na literatura. Estudos futuros investigando a epidemiologia da IGD em amostras brasileiras são necessários para entender melhor as necessidades de tratamento e informar as medidas preventivas nesta população.
Referência(s)