
“Cada mamada é uma vacina”: amamentação e anticorpos no contexto da covid-19
2023; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 25; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5007/2175-8034.2023.e85246
ISSN2175-8034
AutoresMarina Fisher Nucci, Fernanda de Carvalho Vecchi Alzuguir,
Tópico(s)Vaccine Coverage and Hesitancy
ResumoA amamentação e o leite humano são permeados por diversos sentidos. Entre eles, a referência ao leite materno como amor líquido, ou a noção de que ele seria dotado de qualidades medicinais (sobretudo imunológicas), funcionando como uma espécie de vacina. Há também a noção do leite como contaminante, por ser uma substância corporal passível de transmitir alguns vírus, como o HIV. Tais noções adquirem novos contornos com a pandemia de Covid-19, como observamos nos debates sobre a possibilidade ou não de transmissão do vírus e/ou anticorpos da doença pelo leite. Assim, analisamos diferentes materiais, como reportagens em jornais e postagens em redes sociais, investigando como tais noções em torno do leite humano – veículo do amor, imunizante, ou contaminante – são mobilizadas. Por fim, refletimos sobre a produção de biossocialidades a partir do movimento Lactantes pela vacina, que reivindicou prioridade de vacinação para lactantes utilizando o slogan “uma vacina protege dois”.
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