
Associação entre Mycoplasma genitalium e doença inflamatória pélvica: revisão sistemática
2023; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 12; Issue: 2 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v12i2.40030
ISSN2525-3409
AutoresNaiá Lauria da Silva, Alessandra Aziz Borges Bitar, Thaís Cavazzani Trombetta, Andressa Rodrigues Ribeiro, Taiane Kimura Bentes, Yasmin Silva Queiroz, José Cláudio Garcia Lira Neto, Breno de Oliveira Ferreira,
Tópico(s)Urologic and reproductive health conditions
ResumoO Mycoplasma genitalium tem se configurado como uma das infecções sexualmente transmissíveis mais emergentes de todo o mundo. Quando instalado, pode estar associado a complicações como as cervicites, uretrite não gonocócica e a endometrite. Também há evidência do surgimento da doença inflamatória pélvica nas pacientes com Mycoplasma genitalium, ainda que haja escassez de dados sobre isso. Portanto, buscou-se avaliar a existência de associação entre Mycoplasma genitalium e a doença inflamatória pélvica ou dor pélvica. Para tanto, realizou-se uma revisão sistemática em janeiro de 2023, considerando estudos de coorte, ensaios clínicos e estudos transversais. Utilizou-se as bases PubMed e CINAHL, bem como, as bibliotecas virtuais BVS e Google Scholar. Também, buscou-se na plataforma AskMEDLINE, usando-se a pergunta norteadora. Os estudos estiveram limitados aos idiomas português, inglês e espanhol, e publicados entre 2012 e 2022. Dos 2.413 trabalhos encontrados, apenas cinco foram selecionados para a amostra final. Todos os achados mostraram associação entre o Mycoplasma genitalium e a doença inflamatória pélvica, embora essa relação fosse bastante variável (2,1%-38%). A dor pélvica também esteve presente nas pacientes testadas, ainda que um quadro assintomático ou oligossintomático também tenha sido relatado em grande de parte dos casos. Apesar do Mycoplasma genitalium representar uma importante parcela das infecções que geram a doença pélvica, a Chlamydia trachomatis ainda é a principal responsável por isso. Contudo, novas investigações precisam ser desenhadas na tentativa de elucidar relações da infecção com outras infecções sexualmente transmissíveis e manifestações clínicas comuns.
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