
Rachel de Queiroz, Nouveau Roman e a literatura brasileira dos anos 1970
2023; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 27; Issue: 2 Linguagem: Português
10.17851/2238-3824.27.2.59-74
ISSN2238-3824
Autores Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
ResumoNo presente texto, analisamos um dos assuntos correntemente tocados pela recepção crítica de “primeira onda” do romance Dôra, Doralina (1975), de Rachel de Queiroz: a sua posição em relação à literatura brasileira desenvolvida na altura dos anos 1970, período em que o Nouveau Roman exerceu certa influência sobre a nossa ficção. Tomando por base o que escreveram estudiosos dessa tendência francesa, no que destacamos a contribuição de Leila Perrone-Moisés (1966); e também indicações teóricas dadas pelos próprios autores, uma vez que os “novos romancistas” dedicaram parte de sua produção intelectual à meditação sobre a arte que produziram, do que é exemplo Alain Robbe-Grillet (1969), delimitamos o que foi o Novo Romance e qual a sua proposta de reforma do gênero. Superado esse momento, detemo-nos sobre o que escreveu a imprensa da época a propósito do tão aguardado livro de Rachel de Queiroz, constantemente colocado como representante de uma tradição romanesca burguesa, em posição contrária, portanto, à emergente renovação ficcional que se fazia notar na literatura da década.
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